Um estudo levado a cabo por uma aluna da Universidade Portucalense, no âmbito da sua tese de mestrado em psicologia, revela que 62% dos professores universitários inquiridos sofre de sintomas de burnout, associado a fadiga física.
Os resultados deste estudo “indicam que o stress inerente à função e cargos que cada docente ocupa está diretamente associado ao burnout“. Por outro lado a confiança nas chefias e o relacionamento com a gestão de recursos humanos constituem-se como factor amortecedor deste síndroma.
O burnout é considerado como um tipo de stress de carácter duradouro ligado às situações de trabalho, resultado da constante e repetitiva pressão emocional relacionada com a intensa ligação com pessoas por longos períodos de tempo.
Com a fadiga física e a exaustão a serem apontadas como os principais fatores de desencadeamento deste quadro, torna-se assim “necessário rever as funções que o professor deve desempenhar dentro da instituição e a devida carga horário, favorecendo o desempenho do professor e o bem-estar, sendo especialmente relevante os relacionamentos dos professores universitários com a gestão”.
Ana Rita Ferreira, autora do estudo, concluiu ainda que “o burnout é transversal a todas as áreas científicas sendo que 22% dos docentes afetados por este quadro, se encontram nas ciências naturais, 24% nas ciências sociais e humanas, 22% nas ciências matemáticas e novas tecnologias e 23% nas ciências artísticas”.
O estudo foi realizado junto de professores universitários de quatro instituições do ensino superior da cidade do Porto, três públicas e uma privada, sendo que dos 131 inquiridos, 66% são professores auxiliares, 15% professores associados, 10% professores convidados e 4% professores catedráticos.
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