Com o objectivo apoiar jovens-startups, desde a sua criação passando pelas várias etapas do seu desenvolvimento, a Macedo Vitorino & Associados criou a MVStart. A Advogar foi ouvir João de Macedo Vitorino, sócio-fundador da firma, sobre este projeto.
O que motivou a Macedo Vitorino a criar a MVStart?
A nossa motivação para criar o projecto MVStart passa pelo desejo de contribuir para uma realidade onde são as ideias que geram os negócios e em que o financiamento depende da qualidade dessas mesmas ideias. As start-ups são um fenómeno dos nossos tempos, embora em Portugal apareça com algum atraso, que se caracteriza por dar oportunidades de sucesso apenas com uma condição: a de que o projeto tenha por base um bom conceito, capaz de atrair mercado para si. Se esta condição está satisfeita o “ecossistema” deve ser capaz de lhe proporcionar os meios para que se possa lançar e viver segundo as regras do mercado.
Que tipo de apoio visam proporcionar às start-ups?
O apoio da MVStart às start-ups passa por tudo o que do ponto de vista jurídico seja necessário para que não seja o direito, e a respetiva burocracia, a impedir que boas ideias morram à nascença sem conseguirem chegar à fase da implementação e sustentabilidade no mercado.
Apoiamos na proteção da ideia de negócio, na chamada “compliance” em matérias como criação proteção de dados, de estruturas societárias e parassociais adequadas, na angariação de fundos, seja capital ou dívida, para o projeto, bem como na contratação de serviços e recursos humanos e na constituição de parcerias que ajudem a ideia a crescer.
E já estabeleceram algum tipo de parceria?
Sim, temos parcerias com várias entidades. Destacamos os acordos que temos com Start-Up Lisboa e DNA Cascais, pelo seu importante papel no fomento do “ecossistema” de start-ups portuguesas. Temos também colaborações com outras entidades privadas que selecionam “ideias” nas quais pretendem investir e que nos procuram para acompanhar esses mesmos projetos. Trabalhamos com outros prestadores de serviços complementares aos nossos, mas dos quais as startups também vão necessitar se ultrapassarem a primeira linha da sobrevivência.
Por outro lado, a vertente internacional da MVA permite-nos apoiar star-ups estrangeiras em Portugal e ajudar star-ups portuguesas a expandir ou a procurar fundos fora do nosso país.
Como os projetos podem concorrer ao apoio da MVStart?
As start-ups que beneficiam do nosso apoio são em regra aquelas que as nossas parcerias selecionam e nos encaminham. É importante para nós que a ideia de negócio seja validada por quem sabe de negócios. Nós somos advogados, de negócios é certo, mas não temos as ferramentas de análise de gestão, económica e financeira, para aconselhar este ou aquele jovem ou menos jovem empreendedor a avançar com o seu projeto. É esta a razão de ser das parcerias que estabelecemos. Claro que se nos quiserem contactar para qualquer dúvida sobre os nossos serviços, podem fazê-lo enviando-nos um email para mvstart@macedovitorino.com.
Que iniciativas visam promover no âmbito da MVStart?
Antes de mais, as dos empreendedores que nos contactam, portugueses e estrangeiros, que têm ideias de negócios validadas por pessoas competentes. A esses procuramos transmitir individualmente as informações de que necessitam para sobreviver na “selva” do direito, sem ficarem presos na burocracia dos registos, da fiscalidade, da contratação e possam estabelecer os melhores acordos com sócios, financiadores, colaboradores e fornecedores.
Como veículos de transmissão para os empreendedores em geral, privilegiamos as publicações que desenvolvemos e que constam do nosso site (www.macedovitorino.com), o qual terá muito em breve uma seção dedicada ao MVStart. Chegamos também à comunidade através das iniciativas organizadas com as nossas parcerias, com temáticas e formato diferentes e que também são divulgadas no nosso site e nas redes sociais. Estas são em regra seções de trabalho nas matérias que já mencionámos, nas quais as start-ups necessitam apoio jurídico. O bom é que são orientadas para as necessidades especificas das start-ups. Falamos e escrevemos de forma descomplicada porque sabemos que não nos dirigimosa advogados ou a juristas em geral.
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